Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre VEGAN, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O consumo diário de carne vermelha aumenta o risco de doenças graves que podem levar à morte precocemente


Para diminuir esses riscos, pesquisadores recomendam substituir as porções de carne vermelha por peixe, frango, verduras e legumes ricos em ferro, como feijão, lentilha e espinafre.

Fonte: Jornal Nacional.
Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/03/consumo-diario-de-carne-aumenta-risco-de-morte-precoce-diz-pesquisa.html


5 comentários:

Mayra de Amorim Marques disse...

Muito interessante essa matéria. Além disso, um outro extenso estudo feito na Universidade Nacional de Singapura, com base nos dados de quase 150.000 pessoas, mostrou que aumentar o consumo de carne pode, também, causar o diabetes tipo 2. A pesquisa foi publicada no periódico JAMA Internal Medicine. (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23779232)
Segundo os autores do trabalho, outros estudos já haviam apontado para a relação entre carne vermelha e diabetes tipo 2, mas eles foram feitos durante um curto período de tempo. Isso acaba limitando os resultados, já que os hábitos alimentares das pessoas estão em constante mudança. Esse novo estudo, mais controlado e com uma população maior, concluiu que aumentar o consumo de carne vermelha ao longo de quatro anos já é suficiente para elevar o risco de diabetes tipo 2. Isso é importante para alertar à população sobre o consumo e, principalmente, o consumo exagerado de carne vermelha e os riscos que isso pode trazer.

Unknown disse...

Parabéns pelo resumo da matéria. O vegetarianismo, apesar de existir há tanto tempo, ainda é bastante controverso. O estudo descrito no site http://link.springer.com/chapter/10.1007/978-1-4939-2001-3_19 descreve como a saúde dos ossos em mulheres pode variar de acordo com a dieta vegetariana e vegana. Dois estudos prospectivos realizados em 35000 indivíduos (77% do sexo feminino) por 5 anos descrevem que os veganos apresentam 30% de risco maiores de fratura que os onívoros. Esses riscos são maiores entre veganos ocidentais, em que a diferença de consumo de cálcio é maior, em relação aos onívoros. Todavia, um estudo de meta-análise descreve que as diferenças de densidade mineral óssea entre vegetarianos e onívoros não é clinicamente relevante.

Amanda Londero disse...

Interessante essa discursão, mas a uma carne que também deve-se tomar muito cuidado é a processada. A carne processada apresenta serio um risco cancerígeno, tanto que Organização mundial de saúde publicou em outrubro de 2015 um relatório em que qualificou a Carne processada (“a carne que tenha sido transformado através da salga, a cura, a fermentação, ou defumado ou outros processos para melhorar seu sabor ou sua conservação”) em salsicha, presunto, linguiça, hambúrguer e bacon, como “alimentos cancerígenos para os [seres] humanos”, com base em “evidência suficiente em humanos de que o consumo da carne processada causa câncer colorretal”. Sendo estipulado que quantidades superiores 50 gramas diárias aumentam o risco de câncer em 18%. O Brasil é um dos maiores produtores desses produtos, encontrando-se em segundo lugar no ranking: “Exportação mundial de carnes de frango processada, principais países (mil toneladas) ” – fonte: FAOSTAST/FAO (2013a). Tendo uma participação de 15,71% de participação mundial em 2010. As exportações brasileiras apresentaram o significativo crescimento de 2.244,44%. Alem disso esses produtos de consumo são corriqueiros no cotidiano do brasileiro, seja no cachorro-quente em cada esquina, ou no presunto do café da manhã. O que nos deixa um questionamento sobre o consumo da nossa população e as medidas governamentais a serem tomadas em relação a isso.

Gabriela M. Teotonio disse...

Além dessa discussão muito relevante sobre o tema, outro ponto interessante que encontrei pesquisando foi a relação do consumo excessivo de carne vermelha com o meio ambiente no Brasil.
Neste artigo "Excessive red and processed meat intake: relations with health and environment in Brazil." o impacto ambiental foi analisado de acordo com estimativas de emissões equivalentes de CO2 na produção de carne bovina no Brasil. Cada pessoa contribuiu com 1005kg de equivalentes de CO2 do consumo de carne bovina em 2008, a mesma quantidade de CO2 produzida se um carro viajasse uma distância entre o extremo norte ao sul do Brasil (5370 km). Toda a população brasileira contribuiu com mais de 191 milhões de toneladas de equivalentes de CO2, o que poderia ter sido reduzido para mais de 131 milhões de toneladas se a recomendação alimentar fosse seguida. Com esse estudo fica relatada que a magnitude do consumo excessivo de carne vermelha e processada no Brasil pode impactar na saúde e no meio ambiente, apontando para a urgência de se promover uma dieta sustentável.

Gabriela M. Teotonio disse...

Tendo em vista os achados, tanto do vídeo como do artigo em questão, é evidente a necessidade da criação de políticas públicas de saúde atuando efetivamente no incentivo a práticas mais saudáveis de alimentação estimulando e possibilitando o consumo mais frequente de carnes brancas, especialmente peixes, e também a correção de hábitos impróprios que elevam o risco de morbidades e diminuem a longevidade, promovendo o desestímulo do consumo de embutidos e de carnes com excesso de gordura.